quarta-feira, 30 de julho de 2008

Tira...

... a minha roupa devagar.
Mostra-me o quanto me queres.

Demora-te em mim, conhece-me.
Segue marcas e sinais, aprende-me.

Não te escondas, não me fujas.
Olha-me sem medo ou vergonha.

Despe a minha alma também.
Descobre-a sem pudor, inventa-a.

Divisa defeitos, destapa imperfeições.
Aponta vícios, regista pecados.

Mas admira-me... corpo e alma.
E ama-me... sangue e sombra.

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segunda-feira, 21 de julho de 2008

Hora do almoço..

Hoje, à hora de almoço, telefonei-lhe para saber se andava muito longe de mim. Sorte a minha – ele tinha ido a Oeiras de manhã e estava de regresso na hora em que lhe liguei. Ainda não tinha almoçado, tal como eu e logo lhe perguntei se não queria um almoço especial e íntimo.
- E isso recusa-se? – respondeu logo com uma gargalhada meio surpresa, sabendo o que queria eu dizer com o tom de voz deliberadamente provocador que usei.
Meia hora depois tocava a buzina do carro, entrei e dirigimos para o meu apartamento e não demorei nem dois segundos a abri-la, e já sentia a força do seu beijo avassalador.
O tesão era tão grande que me limitei a empurrar a porta com um pé e a subir para a sua cintura, braços apertados no seu pescoço, enquanto as suas mãos apertavam o meu rabo contra o seu baixo-ventre, as suas coxas, o seu sexo.
Sentia uma ânsia tão grande que já estava pronta para ele, ainda antes que chegasse. E, quando senti uma das suas mãos por dentro da blusa, apertando um seio, e a língua a fazer malabarismos dentro da minha boca, senti que os meus sucos humedeciam totalmente a pequenina tira de tecido do fio dental.
Desci uma mão para sentir o seu membro que já evidenciava sinais de grande excitação, ao mesmo tempo que deslizava a minha língua pelo seu pescoço e sentia os seus dedos perscrutadores a acariciarem as minhas nádegas e a procurarem o recanto quente, de carne expectante pelas suas carícias.
Foi caminhando comigo até à sala, comigo enrolada na sua cintura, até que me pousou no chão, ajoelhando-se e virando-me de costas para ele, forçando-me a colocar de quatro. Ergueu-me a saia até à cintura e agarrou-me pelas ancas, aproximando a sua boca do meu sexo, beijando, deslizando a língua pelo espaço deixado pelo pequenino pedaço de algodão. Excitado, desabotoou as calças, tirou o membro e encostou-o ao meu sexo, penetrando-me em seguida, num único movimento. Mais alguns impulsos e senti-o em todo o seu esplendor, dentro de mim, investindo de forma alucinada.
Sentia o seu membro a preencher-me totalmente e as suas coxas encostadas nas minhas nádegas, friccionando e embatendo de forma ritmada. A sensação de algo primitivo, secreto, como se fosse um acto proibido, aumentava a excitação e acelerava os nossos movimentos, fazendo-nos gemer mais alto, suspirar e pedir mais, mais, mais…
Até que as ondas de prazer fizeram rodopiar a mente, perder a noção do tempo e do espaço. O orgasmo atingiu-nos como um tornado, levando para longe todas as nossas forças, fazendo quase perder a respiração, enquanto soltávamos um grito de luxúria.
Caímos para o lado, no chão, abraçados, corpos suados, sem se desunirem, meio vestidos, respirações aceleradas.
Minutos depois, ríamos divertidos por aqueles momentos de loucura. E que bom que é, ser louco assim. Curioso, mas nunca tínhamos dado uma destas fugidas a meio do dia.

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domingo, 20 de julho de 2008

Aprisionada.. a ti

Fecho os olhos
Procuro-te na escuridão,
sinto as tuas mãos nos meus braços
os teus olhos amendoados a cruzarem com os meus
Lembranças chegam quando anoitece
E eu perco-me, no entrelaçar da imaginação,
e na ilusão da minha imaginação,
sinto-me desesperada...

Procuro-te sem cessar,
vejo-te ao longe,
tenho o sorriso na minha cara,
todo o meu corpo vibra.
E ao som da música
sinto um arrepio...
Será amor?
Será desespero de te ter?
Será ciúmes?

Quero chegar ao pé de ti,
sabendo que me queres
e beijar-te como se não tivesse mais ninguém ali
sentir-me debaixo das estrelas
sentir-me desejada e correspondida.
Com os olhos fechados
passo a minha mão, pela tua face, nos teus cabelos
e lembrar-me cada pormenor de ti
do teu corpo, dos teus braços, do teu peito
passar os meus dedos nos teus pelos
sentir e fazer-te arrepiar...
Mas...

Não consigo enfrentar-te
fico presa pelo tempo e espaço
que existe entre nós
não consigo dar um passo em frente
para poder avançar
ou poder esquecer-te, tirar-te da minha mente

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quinta-feira, 10 de julho de 2008

Império dos Sentidos

Este filme baseia-se numa história verídica ocorrida no Japão militarista de 1936. Num bairro burguês de Tóquio, Abe Sada, antiga geisha tornada empregada num restaurante, gosta de espiar as brincadeiras amorosas dos seus patrões e de, de vez em quando, satisfazer velhos pervertidos. Fortemente excitado por ela, Kichizo, o seu patrão, arrasta-a para uma espiral erótica que os afasta progressivamente do mundo exterior. A sua relação é apimentada por uma série de outras situações que executam como uma celebração iniciática. No fim de uma discussão esgotante, Kichizo deixa-se estrangular pela sua companheira que o castra como um gesto derradeiro de mortificação.

Filme: Império dos Sentidos
Direção: Nagisa Oshima
Ano: 1976
País: França, Japão
Gênero: Drama, Romance
Duração: 105 min. / cor
Título Original: Ai no Corrida
Título em inglês: In the Realm of the Senses

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Sexo das arábias

Aprenda a amar com as sábias lições do sheik Nefzaui, um especialista na arte de dar e receber prazer.
No século 16, em plena África muçulmana, havia um homem preocupado em dar prazer sexual às mulheres. Era o sheik Omar Ibn Muhammad Nefzaui, soberano da atual Tunísia.
"Aquele que almeja o prazer que uma mulher pode lhe dar, deve satisfazer-lhe o desejo de carícias ardentes. Verá que ela desfalece de luxúria, a vulva umedece, o útero se distende e os dois orgasmos ocorrerão ao mesmo tempo", escreveu ele no seu O Jardim Perfumado do Sheik Nefzaui (Editora Record).
Em suas anotações, o xeque descreveu uma série de manobras que o homem deve fazer para satisfazer a mulher e, assim, desfrutar ao máximo o sexo. "Se não a animares com carícias preliminares, beijos, pequenas mordidas e toques, não obterás o que dela desejas", ensinava, sabiamente.
Na arte de amar para gozar plenamente as delícias do amor...
Conta a lenda que um escritor árabe fora condenado à morte e ia ser executado por ordem do rei de Tunes. Foi, no entanto, agraciado com uma condição: escrever um livro capaz de reacender as paixões do seu decrépito soberano. O escritor foi poupado à morte e o livro que lhe mereceu tal graça foi O Jardim Perfumado.
Esta é uma obra-prima da literatura árabe, colocada ao lado do Kama Sutra e tida como um dos poucos e excelentes livros sobre a arte do amor. É uma celebração das múltiplas maneiras em que homem e mulher se podem unir no prazer físico. Um cântico à sensualidade.

Alguns excertos do Jardim Perfumado:
"O membro viril, para agradar às mulheres, deve ter no mínimo um comprimento igual à largura de seis dedos, e no máximo igual à largura de doze dedos."
"A mulher fica enebriada pelos perfumes usados pelo homem, incitando-a à cópula."
"O homem que se deita em cima da mulher sem jogos prévios, que não a beija nem a aperta, nem tão-pouco lhe morde nem suga os lábios, não a excita e é digno de desprezo.

Livro: O Jardim Perfumado do Sheik Nefzaui (Editora Record)

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